O que é Incontinência Urinária?

É a perda involuntária de urina, ou seja, xixi sem querer, por mais que não tão relatado é um problema comum e extremamente constrangedor.

Vale ressaltar que a incontinência é um sintoma, ou seja, decorre de algum problema, como por exemplo, a fraqueza da musculatura do assoalho pélvico.

A gravidade se classifica através do nível de aceitação dos pacientes, promovendo em grade parte dos casos isolamento social, alterações de humor, irritabilidade alta e até mesmo depressão.

Esse problema atinge por volta de 10 milhões de brasileiros, em pequena maioria mulheres, geralmente com idade próxima aos 50 anos, não excluindo os jovens, que atualmente vem buscando tratamentos e intervindo nas evoluções do sintoma.

Existem alguns tipos de incontinência urinária, que devem ser identificadas já no início do tratamento, para que a prescrição da mais adequada e melhor conduta seja formulada, pois existem técnicas mais especificas para cada uma delas, economizando tempo e recursos do paciente.

Dentre alguns tipos as mais comuns são:

Incontinência Urinária de Esforço

Ocorre quando o paciente não possui força muscular pélvica o suficiente para segurar o xixi, resultando em perdas quando o mesmo tosse, espira, sorri, se movimenta, abaixa e levanta, atividade física ou alguma situação que comprima a barriga.

Geralmente isso ocorre devido algum tipo de lesão de esfíncter urinário.

Incontinência Urinária de Urgência

Ocorre quando a vontade de urinar é muito forte, sem que haja tempo para chegar ao banheiro, pode acontecer tanto com a bexiga cheia ou vazia.

A hiperatividade detrusora, que é a capacidade de contração aumentada e sem sincronia da musculatura da bexiga, geralmente é a principal causa.

Diagnóstico

Além dos exames físicos, como avaliação de forma muscular pélvica, posicionamento de perdas, aplicação de diário miccional, para identificar quais situações e a quantidade da perda de xixi, o médico geralmente prescreve os exames de urina, para afastar a hipótese de infecção, além de outros exames se for necessário, como Urodinâmico Completo, Cistoscopia, Cistografia e Ultra-sonografia abdominal e pélvica.

Causas

Na maioria dos casos, os conjuntos de fatores são extremamente importantes e causadores da incontinência Urinária, por esse motivo, o tratamento multidisciplinar é de suma importância para o sucesso.

Sabe-se que a dieta é um fator agravante, ingerir alguns itens como Álcool, Cafeína, Chá com cafeína e café, Refrigerantes, Adoçantes artificiais, Xarope de milho, Alimentos que são ricos em especiarias e açúcar, Alimentos muito ácidos e cítricos, Uso de medicamentos para doenças cardíacas e pressão arterial, além de sedativos e relaxantes musculares e Grandes doses de vitaminas B ou C.

Esse problema também pode ocorrer por outros motivos como a Infecção do trato urinário, Prisão de ventre e Estresse emocional.

Além das condições físicas do paciente como a Gravidez, Parto, Envelhecimento, Menopausa, Histerectomia, Aumento da próstata, Câncer de próstata, Obstrução do trato urinário, Distúrbios neurológicos, tais como esclerose múltipla, doença de Parkinson, AVC, tumor cerebral ou uma lesão da coluna vertebral.

Tratamento

Obviamente que depende do tipo e condição do paciente, mais se aplica algumas técnicas como terapia comportamental, para entender a rotina e situações que podem ser alteradas gerando melhora ao paciente, Eletroestimulação, para tentar sincronizar a bexiga com a musculatura do assoalho pélvico a fim de reduzir as frequências ao banheiro no caso da bexiga urinária de urgência.

Com o propósito de fortalecimento, como nos casos da incontinência urinária de esforço, aplica-se a cinesioterapia pélvica, que são basicamente exercícios e mais especificamente, os exercícios de Kegel, que quando executado da forma correta, ou seja, com percepção, domínio e controle da ação possuem boa eficácia.

Além da técnica de fortalecimento com biofeedback, que particularmente é a mais eficaz, pois possui subsídios para melhorar contração e sensibilidade, diante da analise imediata e precisa de força e evolução do quadro clínico do paciente a cada sessão.

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